Apagão em SP: Enel informa que 100 mil pessoas seguem sem energia
O apagão teve início após os fortes temporais que atingiram a região
Brasil – A Enel Distribuição São Paulo informou, na manhã desta quarta-feira (16), que cerca de 100 mil clientes ainda estão sem energia elétrica na Grande São Paulo. O apagão teve início após os fortes temporais que atingiram a região na última sexta-feira (11). Segundo a empresa, dos casos pendentes, aproximadamente 7,6 mil estão relacionados a ocorrências registradas entre sexta-feira e sábado (12). As equipes de reparo continuam trabalhando para restabelecer o fornecimento, mas a situação permanece crítica.
Os danos provocados pelos ventos fortes e as chuvas intensas deixaram um rastro de destruição, afetando, em seu pico, 2,4 milhões de consumidores. A lentidão no restabelecimento da energia tem gerado revolta entre a população e críticas à concessionária de energia, principalmente pela falta de comunicação e pela demora na solução dos problemas.
Diante da gravidade da situação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, solicitou uma intervenção federal na Enel. Em reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, e 16 prefeitos do estado, Tarcísio entregou uma carta pedindo que o governo federal tome medidas imediatas. A carta afirma que a Enel não cumpriu o plano de contingência previamente apresentado e que a empresa se mostrou “incapaz de prestar serviço de qualidade” à população.
Tarcísio também destacou a necessidade de revisar os parâmetros regulatórios do setor, afirmando que o atual modelo de fiscalização é ineficaz e que precisa ser alterado para evitar que falhas como essas se repitam. “O diálogo com a Enel já existe há muito tempo, mas agora é hora de ação”, declarou o governador, reforçando a urgência de mudanças.
Em resposta, o ministro Nardes reconheceu a gravidade da situação e afirmou que o TCU vai avaliar toda a documentação apresentada pelo governo estadual. Ele também destacou que a concessão da Enel é de responsabilidade federal, e, por isso, o órgão pode intervir diretamente.
Enquanto isso, os moradores da Grande São Paulo, principalmente em bairros periféricos, seguem enfrentando transtornos causados pela falta de energia, com impactos na segurança, no fornecimento de água e em outras áreas essenciais.