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Ex-funcionário é preso por extorsão após ameaçar empresário

O suspeito exigia R$ 20 mil para não divulgar supostas informações sigilosas da companhia

Brasil – Capturas de tela divulgadas nesta quarta-feira (20), revelaram o esquema de chantagens praticado por um ex-funcionário contra seu antigo patrão, dono de uma empresa de alta perfumaria em Santos, no litoral de São Paulo. O suspeito exigia R$ 20 mil para não divulgar supostas informações sigilosas da companhia.

O jovem foi preso em flagrante no dia 1º de novembro, em um shopping da cidade, durante uma operação organizada pela Polícia Civil. O empresário havia combinado entregar parte do valor exigido, R$ 7,5 mil, para armar o flagrante. Após receber o dinheiro, o acusado foi detido e o montante devolvido à vítima.

De acordo com o empresário, o ex-funcionário enviava mensagens e e-mails com ameaças constantes. Em um dos “prints”, o acusado afirmou que o “chumbo vai ser grosso” caso suas exigências não fossem atendidas. As chantagens incluíam até contatos com fornecedores da empresa, nos quais o suspeito espalhava informações falsas para prejudicar a reputação da companhia.

O acusado chegou a criar um grupo de WhatsApp com outros funcionários da empresa, disseminando mensagens difamatórias contra o empresário, incluindo acusações infundadas sobre irregularidades nos negócios.

Segundo o empresário, além de uma possível insatisfação pela demissão, ocorrida em outubro por mau comportamento, o jovem tinha motivações passionais. Antes de ser contratado, o ex-funcionário e o empresário haviam tido um breve envolvimento amoroso, mas sem compromisso. “Ele se sentiu trocado, mas o problema parece ser mais um desvio de caráter do que algo passional”, afirmou a vítima.

Após a prisão em flagrante, o suspeito foi liberado em audiência de custódia no dia seguinte, mediante pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos. No entanto, ele está sujeito a medidas cautelares, como comparecimento em juízo e proibição de deixar a comarca sem autorização judicial.

O empresário destacou que sua maior preocupação é com a segurança pessoal, já que acredita que as ações do acusado demonstram um comportamento instável. “Ele não tem poder para destruir minha empresa, mas temo pela minha vida”, desabafou.

A Polícia Civil continua investigando o caso, e o empresário segue tomando medidas legais para se proteger das novas investidas do ex-funcionário.

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