Delegada diz que padrasto fez ‘rodízio de estupros’ com crianças no Redenção
No sábado (9), o homem foi preso no restaurante onde trabalhava e, na ocasião, tentou resistir à prisão
Manaus (AM) – A polícia revelou na manhã de hoje (11), que as crianças de 7, 9 e 10 anos, que eram estupradas pelo padrasto dentro de casa no bairro Redenção, já vinham sofrendo abusos sexuais há pelo menos dois anos. A vítima mais nova chegou a contar em depoimento que o homem fazia uma espécie de “rodízio” entre elas no momento do estupro.
“Elas eram abusadas sexualmente todas com registro de imagem e ele fazia rodízio segundo as crianças. Primeiro vinha um, depois outro e depois chamava outro, então o verdadeiro Calvário sofrido por essas crianças (…) São duas crianças do sexo masculino e uma do sexo feminino”, diz.
Segundo a delegada Juliana Tuma, a família era de Eirunepé e estava morando em Manaus há pouco mais de um ano. Nesse período, o acusado aproveitava o horário em que a esposa saía para trabalhar para cometer e filmar os estupros.
“Essa mãe precisava trabalhar e trabalhava em horário distinto, ou seja, ela trabalhava de sete até à tarde e ele trabalhava de 15 até 11 horas da noite. Então essas crianças ficavam com ele e sobre a sua responsabilidade (…) A situação acontece, segundo as crianças, desde o município de Eirunepé, porque eles estão há um ano só aqui”, conta.
Juliana conta que os vídeos produzidos pelo acusado não eram comercializados, mas eram armazenados no celular do padrasto para que ele pudesse assistir repetidas vezes posteriormente.
A delegada não entrou em detalhes sobre como as imagens foram descobertas, mas afirmou que foi um familiar que viu um vídeo pornográfico da menina de 7 anos sendo violentada pelo homem e denunciou o caso na sexta-feira (8).
No sábado (9), o homem foi preso no restaurante onde trabalhava e, na ocasião, tentou resistir à prisão.
“Ao chegar na delegacia, o que chamou a atenção foi teatro armado pelo suspeito que simulou dois desmaios e gritava. Já foi se acusando dizendo o que aconteceria com ele na cadeia.
A gente falou: Mas como você já está se acusando já que não foi lhe dito nem o motivo da prisão ainda? Ele não deixava a gente falar, ou seja, criou todo o espetáculo e deu muito trabalho para a equipe”, detalha.
No celular dele a polícia encontrou diversos vídeos que servirão como provas contra o padrasto. As crianças passaram por escuta especializada e confirmaram com riqueza de detalhes, os estupros. O acusado deve permanecer preso e vai responder por estupro de vulnerável, o armazenamento e produção de material pornográfico envolvendo criança e adolescente.