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Emiliano Queiroz, o Dirceu Borboleta de ‘O Bem-Amado’, morre no Rio

Ele foi levado ao hospital, onde chegou a ser reanimado e entubado, mas não resistiu e faleceu horas depois

Brasil – O ator Emiliano Queiroz, conhecido por suas memoráveis atuações na TV, teatro e cinema brasileiro, morreu nesta sexta-feira (4) aos 84 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Segundo o amigo e produtor Eduardo Barata, Emiliano passou mal nas primeiras horas da manhã, por volta das 4h30, após acordar e tomar banho. Ele foi levado ao hospital, onde chegou a ser reanimado e entubado, mas não resistiu e faleceu horas depois.

Emiliano comemorou 70 anos de carreira em 2022, um marco que ele celebrou com uma entrevista ao programa Conversa com Bial, relembrando momentos marcantes de sua longa trajetória artística. Ele contou que sua paixão pelo teatro começou ainda criança, em Aracati, no litoral do Ceará, sua cidade natal. Aos quatro anos, assistiu a peça O Mártir do Gólgota, que despertou seu amor pela dramaturgia. No dia seguinte, ele já reproduzia a peça para familiares e amigos, mostrando um talento precoce.

A carreira de Emiliano começou a se firmar aos 14 anos, quando ingressou no Teatro Experimental de Arte em Fortaleza. Aos 16, passou a trabalhar na Ceará Rádio Clube, dando os primeiros passos rumo à consagração. Em 1965, já na TV Globo, ganhou destaque com o personagem Dirceu Borboleta, da icônica novela O Bem-Amado, de Dias Gomes, que o eternizou na memória do público brasileiro.

Ao longo de sua carreira, Emiliano participou de mais de 40 novelas e seriados, com atuações memoráveis em produções como Cambalacho (1986), Alma Gêmea (2005) e, mais recentemente, em Além da Ilusão (2022). No cinema, foi premiado com o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por sua breve, mas impactante, participação em Stelinha (1990), de Miguel Faria Jr.

No teatro, Emiliano foi um dos grandes nomes da cena nacional, interpretando papéis de destaque como o Veludo, de Navalha na Carne (1969), de Plínio Marcos, e Geni, na montagem de Ópera do Malandro (1978), de Chico Buarque.

Casado há 51 anos com a advogada e atriz Maria Letícia, Emiliano Queiroz deixa oito netos e três bisnetos. O local e o horário do velório e da cremação ainda não foram divulgados.

Seu legado, tanto nas artes cênicas quanto na memória afetiva dos brasileiros, permanecerá vivo por gerações.

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