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Consultoria acompanha Fórum do BRICS Business no Brasil

No dia 5 de julho de 2025, o Pier Mauá, no Rio de Janeiro, sediou o Fórum Empresarial do BRICS, encontro que antecedeu a Cúpula de Chefes de Estado do bloco e reuniu lideranças empresariais, autoridades governamentais e especialistas de países como Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul, além de representantes de membros recém-admitidos e parceiros. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o evento discutiu temas centrais para o desenvolvimento sustentável, com destaque para comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, inteligência artificial (IA), economia digital e financiamento.

A Macke Consultoria participou do evento com a presença da sócia Rosana Nishi, que acompanhou os principais painéis da programação. Ela destacou a relevância do debate sobre financiamento à agenda de desenvolvimento, que tratou da atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e de possibilidades para ampliar o acesso a recursos financeiros nos países do bloco. “Foi um espaço importante para entender como as agendas globais de financiamento estão sendo moldadas. Há uma convergência clara com temas que trabalhamos no dia a dia, como inovação e sustentabilidade nas empresas brasileiras”, afirmou Rosana.

A Macke Consultoria atua na estruturação de projetos com recursos públicos, apoiando organizações de diferentes setores no desenvolvimento de iniciativas voltadas à inovação, modernização e sustentabilidade. Esse trabalho engloba desde o planejamento técnico até o acesso a mecanismos de financiamento, como linhas de crédito da Finep e do BNDES. A consultoria também orienta empresas no uso de incentivos fiscais, como os previstos na Lei do Bem.

Na abertura do fórum, o presidente da CNI, Ricardo Alban, abordou a integração econômica entre os países do bloco. Para ele, o potencial do comércio intrabloco ainda está longe de ser plenamente explorado. “O comércio intrabloco comporta crescimento significativo, pois hoje, apesar da relevância econômica individual de cada nação, o volume de trocas entre nós representa muito pouco quando comparado ao que comercializamos com o resto do mundo. É preciso avançar”, afirmou.

O sócio da Macke, André Maieski, também comentou os desdobramentos do fórum, com ênfase na interdependência entre inovação tecnológica, sustentabilidade e estruturação de crédito para empresas brasileiras. “A transição energética, a digitalização e o financiamento estruturado não podem mais ser tratados de forma isolada. Os debates mostraram que a integração dessas frentes é essencial para construir um modelo de crescimento inclusivo e sustentável — e esse é o nosso foco quando apoiamos empresas brasileiras a acessar instrumentos de fomento”. Segundo Maieski, o evento reforçou a importância da articulação entre agendas globais e as necessidades práticas do setor produtivo, especialmente no acesso a mecanismos financeiros que viabilizem transformação tecnológica com impacto socioeconômico concreto.

Outro ponto de destaque na programação foi a valorização da diversidade de perspectivas na construção de novas economias. O papel das mulheres na transformação econômica foi enfatizado por Mônica Monteiro, presidente do capítulo brasileiro da BRICS Women’s Business Alliance (WBA). Ela defendeu que a inclusão de gênero deixe de ser um tema acessório e passe a integrar o núcleo das estratégias de desenvolvimento. “As mulheres estão no centro da economia. No Brasil, mulheres já são responsáveis por 48% dos pequenos negócios ativos. O olhar feminino está moldando decisões — do campo à exportação. Nossos líderes empresários estão aqui para transformar contato em contrato”, destacou.

A fundadora da Brazil Korea Conference, Su Jung Ko, também esteve presente e destacou o papel do BRICS como ponte entre a América do Sul e a Ásia no cenário empresarial global. Em sua visão, o bloco promove um ambiente de sinergia entre regiões com fortes complementaridades econômicas e geopolíticas. “As discussões promovidas pelo BRICS fazem com que os países da Ásia e da América Latina busquem em conjunto a sinergia de fortalecer a relação de comércio internacional e investimento”. Segundo Su, essa conexão se intensifica na prática através da presença de multinacionais coreanas e da comunidade empresarial da Coreia do Sul inserida em países como China, Índia e Brasil.

Maurício Prazak, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Relações Empresariais Internacionais (IBREI), participou do fórum e destacou a transformação digital como uma das pautas mais estratégicas para o setor privado. “O IBREI atua como uma ponte entre o setor privado e as tendências globais, e a transformação digital é, sem dúvida, uma das mais relevantes”. Ele enfatiza que, embora o Brasil tenha avançado, médias empresas ainda enfrentam barreiras à internacionalização, como o acesso limitado a financiamento e inteligência de mercado. Para ele, setores como agronegócio, energia renovável, alimentos e bioeconomia têm potencial para liderar parcerias dentro do BRICS e aprofundar a cooperação com países do Sul Global.

A programação do Fórum contou com quatro painéis temáticos: fortalecimento do comércio e segurança alimentar; transição energética e descarbonização; desenvolvimento de habilidades e economia digital; e estratégias de financiamento para a agenda de desenvolvimento dos BRICS. “Os quatro painéis reforçam, mais uma vez, a força do BRICS no incentivo ao fomento no Brasil. Eles convergem com as missões do CNDI, que são o alicerce da Nova Indústria Brasil (NIB)”, afirma Brendo Ribas, sócio da Macke Consultoria.

O encerramento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lideranças convidadas, no Painel Presidencial. Também foram anunciados os vencedores dos prêmios BRICS Solutions Awards e BRICS Women’s Startup Contest, voltados à inovação sustentável e ao empreendedorismo feminino.

Nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, ocorreu a Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, com 11 países membros e nove parceiros. Sob presidência brasileira, o foco foi a reforma da governança global e o fortalecimento da cooperação entre países do Sul Global. O encontro destacou o Brasil como articulador de consensos em temas como finanças, inclusão econômica, comércio e sustentabilidade.