‘Perdeu um pedaço do osso do crânio. É revoltante’, diz esposa de Paulo Onça sobre agressão
A agressão teria ocorrido após uma discussão no trânsito, o que, segundo a família, torna o ato ainda mais injustificável
O sambista Paulo Onça precisará enfrentar mais uma cirurgia após ter sofrido uma grave agressão que atingiu seu crânio. A esposa do músico, Simone Andrade, de 54 anos, expressou sua indignação durante entrevista na Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em Manaus.
“O Paulo perdeu um pedaço do osso do crânio. É revoltante. Se aquele monstro [‘Bacana’] tivesse dado uma chance, o Paulo teria resolvido tudo na boa, mas ele levou meu marido para a UTI”, desabafou Simone, visivelmente emocionada. A agressão teria ocorrido após uma discussão no trânsito, o que, segundo a família, torna o ato ainda mais injustificável.
O advogado de Paulo Onça, Ezaquiel Leandro, refutou a versão apresentada pelo agressor, identificado como “Bacana”. Ele alegou ter agredido o sambista acreditando que este teria matado sua esposa durante o acidente de trânsito. No entanto, a defesa apontou inconsistências nessa narrativa.
“Isso é uma tese defensiva um tanto esdrúxula, pois a própria esposa do acusado sai correndo do carro para tentar puxar seu marido, talvez conhecendo o comportamento agressivo dele”, declarou o advogado, reforçando que a agressão foi injustificada e desproporcional.
Simone Andrade, além de lidar com a dor de ver o marido internado, faz um apelo por justiça. “Se ele não for punido, pode fazer isso com outras pessoas. Ele não pode estar solto”, afirmou.
Segundo a defesa, o caso tem grande probabilidade de ser levado a júri popular, onde será decidido se o agressor será responsabilizado pela brutalidade do ato.
A Polícia Civil do Amazonas informou que “Bacana” foi preso e aguarda os desdobramentos do caso. As investigações apontam para um comportamento agressivo e recorrente do suspeito, que já tinha histórico de episódios violentos.
O sambista Paulo Onça segue internado na UTI e aguarda pela próxima cirurgia, que será decisiva para a recuperação de seu quadro clínico. A agressão não apenas deixou marcas físicas, mas também emocionais para toda a família, que agora luta por justiça e por mudanças que impeçam episódios semelhantes no futuro.