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Branding começa de dentro: cultura interna pode impactar os resultados

No cenário atual, no qual 80% dos consumidores escolhem marcas com base na sua autenticidade, a cultura organizacional deixou de ser um tema exclusivo do setor de Recursos Humanos, consolidando-se como elemento fundamental na construção de marcas fortes, coerentes e admiradas.

Além dos aspectos visuais tradicionais do branding, como logotipo e paleta de cores, o que ocorre nos bastidores — na forma como os colaboradores trabalham, se comunicam e se sentem dentro da organização — tem ganhado destaque como diferencial competitivo e fator determinante para a fidelização do cliente.

A consistência entre o discurso externo e a vivência interna nunca foi tão importante. Quando uma organização se posiciona como inovadora, mas internamente inibe ideias e não tolera erros, essa contradição torna-se evidente.

“A cultura interna representa a expressão mais concreta do branding corporativo. Desde a linguagem adotada nas comunicações internas até os rituais de reconhecimento, todos os aspectos refletem os valores da organização. Por exemplo, uma instituição que se posiciona com um discurso de leveza deve assegurar que essa característica se manifeste também na rotina de seus colaboradores. Essa concepção é amplamente compartilhada pelo mercado, que considera a cultura interna o verdadeiro ‘DNA da marca’, influenciando diretamente a percepção externa, diz Vanessa Locks, especialista e diretora da Caffeine Branding.

Ela reforça que “a identidade verbal e visual são apenas a ponta do iceberg. Uma marca só é verdadeiramente forte quando o que ela promete externamente é sentido por quem a vive internamente”.

“Mais do que manter uma boa reputação como empregadora — conceito conhecido como employer branding — as organizações devem investir em um branding genuíno, que nasce do comportamento real e impacta diretamente a experiência final do cliente, complementa ela.

Em recente evento do setor de branding, profissionais reforçaram que a atenção à cultura interna deixou de ser uma tendência passageira para se tornar um pilar estratégico essencial. “Quando a equipe mergulha no universo da marca, investiga o que está por trás da operação. Uma marca não é construída apenas para o público externo, mas precisa fazer sentido para quem trabalha diariamente para sustentá-la. Além disso, empresas do setor, com atuação nacional e presença digital consolidada, compartilham conteúdos que abordam cultura organizacional e criatividade, incentivando práticas que fortalecem o engajamento e a coesão interna, relata a especialista.

Vanessa Locks, diretora da Caffeine Braindig, ainda afirma: “Marcas que desejam se destacar no mercado atual não podem se limitar às imagens que exibem em suas redes sociais. É fundamental que cuidem da base: seus processos internos, valores efetivamente vividos e as relações humanas. Como ressaltam, ‘branding é, acima de tudo, coerência — e isso começa dentro de casa’”, conclui.