Justiça

Justiça por Viviane: condenados pelo Tribunal do Júri após 12 anos, assassinos estão foragidos

Após mais de 12 anos de dor, luta e espera, a família de Viviane Costa de Castro finalmente viu a Justiça reconhecer os responsáveis pelo seu assassinato brutal. No dia 07 de julho de 2025, o 2º Tribunal do Júri da Comarca de Manaus condenou Alesson Pessoa Mota e Francisco de Almeida pelos crimes de homicídio qualificado tentado e homicídio qualificado consumado. Porém, mesmo condenados, ambos estão foragidos da Justiça.

Viviane foi assassinada em plena via pública, enquanto se dirigia ao trabalho, no dia 23 de maio de 2013, um ano após ter sobrevivido a um primeiro atentado, também atribuído aos mesmos autores. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade, autoria e duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A Justiça destacou que Alesson Mota, ex-companheiro de Viviane e pai de uma de suas filhas, agiu de forma dissimulada, manipuladora, covarde, movido por ciúmes, controle emocional e comportamento machista. Ele foi condenado a 37 anos, 3 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, mas não foi localizado para cumprir a pena.

Francisco de Almeida, considerado coautor dos crimes, também teve sua culpa reconhecida pelo Tribunal do Júri e segue foragido. Ambos estão com mandados de prisão em aberto e devem ser capturados para início da execução penal, conforme a soberania do veredito popular, respaldado pelo Supremo Tribunal Federal.

A sentença também aplicou o agravante da Lei Maria da Penha, reconhecendo a violência de gênero no relacionamento abusivo entre Alesson e Viviane.

A assistência de acusação foi conduzida pelos advogados Dra. Tallita Lindoso, Dr. Nil Ferreira e Dra. Agatha Caldas, que acompanharam o caso ao lado de Joana da Graça da Costa Souza, mãe da vítima. A promotoria foi representada pelo Promotor de Justiça Thiago de Melo.

A mãe da vítima declarou que a condenação representa uma vitória pela memória de sua filha e um sinal de que a Justiça, embora tardia, ainda pode prevalecer. Agora, ela e os demais familiares pedem apoio da sociedade para que os criminosos sejam encontrados.

As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade do denunciante será mantida em sigilo.

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