Conselho consultivo impulsiona a transformação digital
No Brasil, 80% das empresas reconhecem que adotar tecnologias avançadas será um fator-chave para o sucesso no futuro. Além disso, 79,3% dos empresários do país pretendem aumentar os investimentos em tecnologia em pelo menos 20% nos próximos três a cinco anos, revela uma pesquisa feita pela empresa de software Infor e divulgada pelo site Infomoney.
Os dados mostram que a transformação digital deixou de ser um diferencial competitivo e tornou-se uma necessidade para empresas que desejam se manter relevantes em um cenário de mudanças rápidas e constantes. É o que afirma Márcio Teschima, membro do Conselho Consultivo da Associação dos Conselheiros TrendsInnovation.
Ele destaca que a adoção de novas tecnologias no contexto empresarial não é tão simples quanto parece. Na sua visão, não basta comprar um software ou equipamento – o processo exige visão estratégica, governança e um alinhamento claro entre inovação e objetivos de longo prazo.
Nesse contexto, o conselho consultivo assume o papel de garantir que a empresa não apenas acompanhe a evolução tecnológica, mas a utilize como ferramenta de crescimento, eficiência e competitividade, explica Teschima.
“Ter o apoio de um grupo preparado para efetuar mudanças permite olhar de forma ativa para o futuro, para as tendências e a inovação. O conselho consultivo deve levar para a empresa recursos que ajudam na busca da perenidade do negócio”, salienta.
O conselho consultivo – ao qual o profissional faz referência – tem a função de dar apoio especializado, emitir pareceres e sugestões que ajudem a traçar estratégias, sem o poder formal de tomar decisões.
Resistência das empresas
Muitas empresas hesitam em adotar novas tecnologias por medo de perder sua identidade ou modificar processos consolidados. O conselho precisa questionar modelos ultrapassados, trazendo benchmarking e tendências para demonstrar o impacto positivo da inovação, diz Fernando José de Paula e Silva, Presidente do Conselho de Ética, associado emérito da Conselheiros TrendsInnovation e diretor da Problem Solution.
“O empresário precisa aprender a tomar decisões com um colegiado, que vai contribuir para o entendimento saudável das dificuldades e propor soluções visando a longevidade da empresa e uma perspectiva de tendência, futuro e inovação”, defende Silva.
Ele afirma que o conselho consultivo pode incentivar programas de capacitação em novas tecnologias, garantindo que os líderes e colaboradores estejam preparados para adotar e utilizar essas ferramentas.
Uma tecnologia que não pode ser ignorada, na visão de Silva, é a inteligência artificial (IA). Em 2024, a Microsoft e o LinkedIn divulgaram o resultado de uma pesquisa apontando que três a cada quatro trabalhadores já usam IA no ambiente profissional.
Por outro lado, 60% dos líderes manifestam preocupação com o fato de não ter um plano para implementação dessa tecnologia nos processos da companhia. Como ressalta Silva, o conselho consultivo pode ajudar a suprir essa carência.
“Uma das funções estratégicas do conselho é ampliar as conexões da empresa com startups, hubs de inovação, centros de pesquisa e grandes players do mercado. Incentivar a participação em eventos de tecnologia, trazer especialistas para discussões e facilitar parcerias pode acelerar a curva de aprendizado e adoção digital”, sugere Silva.
Quem tem uma opinião semelhante é Marcelo Veras, associado emérito da Conselheiros TrendsInnovation e Professor de Planejamento de Carreira, Estratégia e Governança na Inova Business School.
“O papel do conselheiro não é apenas orientar empresas no presente, mas prepará-las para os desafios do futuro. O diferencial está no uso das tendências como ferramentas estratégicas para moldar negócios que não apenas sobrevivam, mas prosperem em contextos em constante mudança”, diz Veras, que também é mentor do Founder Institute Campinas e do Amcham Arena, além de coordenar o Comitê de Inovação da Câmara de Comércio Brasil-Suíça.
Ele alerta que, ao ignorar novas tecnologias, empresas negligenciam a possibilidade de inovação e correm o risco de ficar para trás, cabendo ao conselho consultivo garantir que isso não aconteça.
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