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Dólar cai para R$ 5,86

No Brasil, as atenções estão voltadas para o provável aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual

Mundo – Nesta terça-feira, 28, o dólar encerrou o dia em queda, cotado a R$ 5,86, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou um leve recuo. O mercado operou com cautela à espera das decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil e do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, que serão divulgadas nesta quarta-feira.

Cenário doméstico: Selic em foco

No Brasil, as atenções estão voltadas para o provável aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, que deve ser elevada para 13,25% ao ano. Essa decisão reflete os esforços do Banco Central em conter a inflação. Com juros mais altos, os títulos públicos brasileiros tendem a se tornar mais atraentes, o que pode incentivar a entrada de capital estrangeiro e aliviar a pressão sobre o câmbio.

O Boletim Focus, divulgado recentemente, trouxe projeções revisadas para a Selic, indicando que a taxa pode atingir 15% ao ano até o final de 2025. Esse cenário sugere um ciclo de aperto monetário prolongado, reforçando a preocupação com o controle inflacionário no longo prazo.

Federal Reserve: cautela nos EUA

Nos Estados Unidos, o Fed deve adotar uma postura mais comedida, mantendo as taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. Essa decisão reflete a espera por novos dados econômicos que possam orientar os próximos passos do banco central americano.

Apesar das incertezas, o mercado americano recuperou parte das perdas registradas na véspera. O otimismo foi impulsionado após o anúncio de que a empresa chinesa DeepSeek, conhecida por sua tecnologia disruptiva, desafiaria as grandes empresas de tecnologia americanas.

Impactos no mercado financeiro

A queda do dólar e o recuo do Ibovespa demonstram a volatilidade dos mercados frente às expectativas de decisões importantes. Analistas destacam que, embora o aumento da Selic possa beneficiar o câmbio no Brasil, o impacto real dependerá da reação dos investidores às sinalizações futuras do Copom e do Fed.

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