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VIDEO: Jovem é executado com 11 tiros por furtar supermercado

O caso gerou revolta e trouxe à tona discussões sobre racismo, violência policial e a política de segurança pública no país.

Brasil – Um caso de execução policial em mercado em São Paulo, repercute nas redes sociais se desdobra nessa semana. Na madrugada de 4 de novembro de 2024, Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos havia furtado produtos de limpeza, escorregou na saída do estabelecimento e foi atingido por nove disparos nas costas, efetuados pelo policial militar Vinicius de Lima Britto, que estava de folga. A ação ocorreu sem qualquer abordagem policial ou tentativa de diálogo, contrariando a versão inicial relatada do policial, que alegou legítima defesa, dizendo que o jovem estaria armado.

As imagens divulgadas mostram que Gabriel não ofereceu resistência ou ameaça. O caso gerou revolta e trouxe à tona discussões sobre racismo, violência policial e a política de segurança pública no país.

Reação da sociedade e investigação
Eduardo Taddeo, rapper e tio da vítima, manifestou-se nas redes sociais, chamando a execução de um “ato covarde” e relacionando o episódio a um sistema de opressão contra jovens negros e periféricos. A prisão preventiva do policial foi determinada após um pedido do Ministério Público, que classificou o ato como homicídio qualificado, destacando a futilidade do motivo e a impossibilidade de defesa da vítima.

Segundo a advogada da família, Fátima Taddeo, a prisão é um passo importante para a busca de justiça, mas ela ressalta que ainda há muito a ser feito para combater o que chamou de “política de extermínio nas periferias”.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue investigando o caso, com apoio de laudos periciais do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML).

Histórico do policial
Vinicius de Lima Britto já havia sido reprovado em um teste psicológico da Polícia Militar em 2021 por apresentar descontrole emocional, mas foi aprovado em um concurso posterior. Além do caso de Gabriel, ele é investigado por outras mortes em São Vicente, litoral paulista, reforçando questionamentos sobre o processo seletivo e de formação de policiais no estado.

Impacto social
O caso reacendeu debates sobre violência policial, racismo estrutural e a necessidade de reformas na segurança pública. O aumento de mortes por intervenção policial em São Paulo durante 2024, somado a episódios como esse, coloca em evidência o desafio de equilibrar segurança e respeito aos direitos humanos no país.

A sociedade espera por respostas e justiça, enquanto a família de Gabriel tenta lidar com a dor e a indignação de uma perda irreparável.

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