Brasil e China firmam acordo para negócios na Bahia
Grupo de trabalho atuará para o desenvolvimento do setor de mineração da Bahia em parceria com a China
O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, assinou, dia 17 de outubro, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico-SDE, documento para a construção de um grupo de trabalho para o desenvolvimento do setor de mineração da Bahia em parceria com a China. O negócio tem três representantes do Brasil e três representantes da China, e é presidido por Carballal.
Ao lado do presidente da CBPM, o diretor executivo – CEO da Sul Americana de Metais – SAM, Jin Yongshi, atuará como secretário-geral com o objetivo de desenvolver a atividade mineral na Bahia com as tecnologias desenvolvidas pelo povo da China, respeitando os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e as práticas ESG para levar riqueza para o povo baiano. Além de Carballal, entre os brasileiros que fazem parte da equipe estão o diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia-SEI, José Acácio Ferreira e o representante da SDE, Leandro Neves Hita. Já entre os chineses, além de Jin Yongshi, estão representando as empresas estatais da República Popular da China, Luan Camargo (CITIC Construção do Brasil Ltda) e Sun Hongbo (China Metais e Minerais do Brasil Ltda). A ação também foi chancelada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida.
Carballal comenta que Angelo Almeida vai coordenar a prospecção dos novos negócios por meio da parceria. Na transição energética, em função do apelo proveniente das alterações climáticas, é decisiva a participação da Bahia, devido às suas características geológicas, fundamentais neste processo. O estado ocupa o terceiro lugar entre os estados brasileiros na produção mineral, mas possui a maior multiplicidade deles. “Temos pesquisas envolvendo o lítio, grafita, terras raras, cobalto e níquel. A Bahia é uma grande produtora de níquel, que é utilizado nas baterias. Encontramos minerais únicos e de difícil ocorrência. Portanto, como o estado possui esse potencial e atualmente a China é para o mundo uma esperança em tecnologia, uma esperança em vontade de contribuir para a transição energética, observamos que o investimento em tecnologia de transição energética é fruto de uma vontade política de um povo que aprendeu ao longo da sua história a superar as adversidades que foram impostas, como a fome e a dificuldade do espaço físico”.
O diretor-geral da SEI, José Acácio, disse que a China leva grandes expectativas econômicas para a Bahia. “A China tem a segunda maior economia do mundo na atualidade. Então estamos muito satisfeitos com essa parceria. O desenvolvimento dessas negociações terá o suporte da SEI para a CBPM, com o objetivo de demonstrar os indicadores, as evidências científicas e os dados que apontarão que haverá uma modificação para melhor na Bahia, com a geração de novos empregos para o povo baiano. Temos dois memorandos com os chineses, um com a Academia de Pesquisas Macroeconômica de Shandong e outro com a Tsinghua University. “É importante essa parceria da Bahia com a China, pois se trata de um país em desenvolvimento, que conseguiu retirar 850 bilhões de pessoas da extrema pobreza no período curtíssimo de 50 anos, iniciativas que combinam perfeitamente com as políticas do Governo do Estado, a exemplo do Bahia Sem Fome”. Para o CEO da SAM, Jin Yongshi, a parceria tem perfeita adequação com a política de governança da China. “Os negócios seguem de acordo com a chamada Belt and Road Initiative (iniciativa Cinturão e Rota), aprovada pelo consulado chinês”. Segundo Jim, a perspectiva da criação do Comitê, desse desenvolvimento dos estudos, é para que o grupo possa espelhar as experiências exitosas da China, baseadas na política de governança aplicada à realidade legal.